Quando a matilha cerca o fogo
Biografia
Bruno Caracol (1980). Estudou Artes Plásticas na FBAUL e Ciências da Comunicação na FCSH-NOVA. Em 2020 produziu a instalação “quando a matilha cerca o fogo” para o Rural Vivo Gerês, em 2019 foi residente no Lugar a Dudas, em Cali, e em Can Serrat, Barcelona. Em 2018 participou do Linha de Fuga, em Coimbra, do Shocklab, em Loulé, da Floating University, em Berlim, e do festival A_Salto, em Elvas. Em 2017 completou um mestrado em Ciências da Comunicação na FCSH-NOVA, em torno da construção moderna da ideia de “natureza selvagem”; Entre 2009 e 2011 colaborou com a residência Capacete, no Rio de J
Bruno Caracol
A partir de uma Open-call em Land-Art, fez-se um apelo a “projetos que cruzassem a escultura orgânica com a ecologia, botânica e biologia, desde as florestas autóctones até a crueza do granito da Serra, valorizando o património ecológico”. Bruno Caracol pesquisou no território durante 2 semanas sobre os Lobos, entrevistando pessoas locais sobre histórias de lobos, assim como ao biólogo Francisco Álvares. Fez uma instalação no Fojo do Lobo na Serra Amarela, gravando um pequeno vídeo no local, finalizando com um percurso nocturno guiado no fojo.
Quando a matilha cerca o fogo é uma intervenção num fojo, armadilha usada
ancestralmente para caçar lobos partindo desta estrutura para pôr em discussão a separação que se exerce sobre a natureza e as metáforas a que esta separação dá força. Esta intervenção tomará o fojo como uma obra sobre a qual sobrepõe uma camada, partindo da distância estética que nos separa das condições da sua construção mas tentando apesar de tudo não obscurecê-las, entender o que no vestígio que deixaram pode criar sentidos para o contexto actual.